sábado, 6 de março de 2010

PROJETO BLUE BOOK - PURA DESINFORMAÇÃO

Estudo americano rejeitou a hipótese extraterrestre. Mas os ufólogos não se dão por vencidos.

Um dos mais célebres estudos de ufologia realizados por uma fonte oficial foi o Projeto Blue Book, conduzido pela Força Aérea americana entre 1952 e 1969. Por quase duas décadas, a equipe dessa força-tarefa investigou milhares de casos com o objetivo de verificar se os óvnis representavam uma ameaça à segurança nacional norte-americana. Naquela época, os Estados Unidos viviam uma verdadeira onda de avistamentos e o governo se viu forçado a estudar os casos de forma mais sistemática. O Blue Book (termo em inglês usado para se referir a uma publicação oficial) foi uma continuação de dois estudos anteriores da Aeronáutica, os projetos Sign e Grudge, que haviam fracassado na tarefa de dar uma resposta à população sobre os misteriosos objetos que riscavam o céu do país.

Sob a direção do capitão Edward Ruppelt, o Blue Book desenvolveu um método rápido e conciso de avaliação dos casos. As testemunhas dos supostos óvnis respondiam a um questionário com oito páginas e enviavam fotografias e negativos dos avistamentos. Os investigadores analisavam o material e faziam entrevistas de campo. Consultavam dados astronômicos, monitoravam os vôos da Aeronáutica e verificavam os registros meteorológicos.

Capitão Edward Ruppelt
 
Resultado: Dos mais de 12 mil relatos analisados pelo Blue Book, 90% foram identificados como aeronaves, pássaros, balões, planetas, meteoros, auroras, nuvens e outros fenômenos atmosféricos ou como produtos da imaginação ou fraudes. Os outros 10% foram classificados como não-identificados, incluindo casos em que as informações eram insuficientes para se chegar a uma conclusão.
 
Josef Allen Hynek
 
O projeto causou polêmica desde o início. Pelo menos três comissões de cientistas foram criadas ao longo dos anos 50 e 60 para analisar os registros do Blue Book. A primeira comissão, em 1952, foi patrocinada por ninguém menos que a CIA, o serviço secreto americano, e chefiada pelo renomado físico H. P. Robertson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Ela incluía engenheiros, meteorologistas, físicos e um astrônomo. A conclusão da comissão foi que na maioria dos casos havia uma explicação científica para os supostos óvnis, que na verdade seriam fenômenos naturais ou artefatos humanos. A segunda comissão chegou a um resultado parecido. Alguns cientistas, no entanto, em especial o meteorologista James McDonald e o astrofísico Josef Allen Hynek, discordaram da conclusão, defendendo que havia fortes indícios da visita de ETs ao nosso planeta. "Para mim, os óvnis são completamente reais e, se não sabemos o que são, é porque nos limitamos a rir deles. A possibilidade de que sejam artefatos extraterrestres e de que estejamos sendo observados por alguma tecnologia avançada é algo que vejo com extrema seriedade", disse McDonald.
H. P. Robertson
 
A chamada "hipótese extraterrestre", levantada por esse grupo de cientistas, foi amplamente divulgada pelos meios de comunicação em meados dos anos 60. O tema gerou discussões acaloradas e levou a Força Aérea americana a patrocinar um outro estudo, desta vez na Universidade do Colorado, sob a direção do físico Edward Condon, declaradamente cético em relação à possibilidade da vida fora da Terra. Divulgado no início de 1969, o Relatório Condon rejeitou firmemente a "hipótese extraterrestre" e declarou encerrado o assunto. Baseado nesse relatório, a Aeronáutica anunciou, em dezembro de 1969, a desativação do Projeto Blue Book. Dizia que não se justificava sua manutenção "nem em termos de segurança nacional, nem no interesse da ciência". No dia seguinte, os principais jornais americanos estampavam: "Discos voadores não existem".

Edward Condon
 
CAMPANHA DE DESINFORMAÇÃO
Como era de se esperar, o desfecho do Blue Book provocou críticas raivosas de ufólogos, para quem o projeto fora apenas mais um capítulo da política do governo de acobertamento dos fenômenos extraterrestres. Segundo esses ufólogos, as investigações teriam sido superficiais e utilizados métodos pouco científicos com o objetivo único de negar a hipótese de vida em outros planetas. Os membros do projeto teriam sido pressionados a identificar os óvnis como fenômenos terrestres para evitar uma histeria coletiva no país. Os casos realmente sérios e inexplicáveis, que poderiam causar preocupação, teriam sido excluídos dos arquivos do Blue Book. Na realidade, o projeto teria sido um programa de desinformação criado para esconder da população a verdadeira investigação feita pelo governo sobre a presença de alienígenas na Terra.

Uma das pessoas que defendiam um estudo mais sério sobre os óvnis era o astrofísico Josef Allen Hynek, que fora consultor da Força Aérea americana no Projeto Blue Book. No começo, Hynek era cético em relação aos óvnis, mas, depois de analisar centenas de casos, chegou à conclusão de que eles deveriam ser estudados com mais seriedade. Muitos acreditavam que, com o fim do Projeto Blue Book, o interesse em torno do assunto iria acabar. No entanto, relatos de avistamentos continuaram nas décadas seguintes, com contornos cada vez mais espetaculares. Tornaram-se freqüentes também testemunhos de supostos seqüestros em naves espaciais - para o desespero de cientistas como Hynek, que achava que esse tipo de história muitas vezes sensacionalista poderia abalar a credibilidade dos mais convictos ufólogos. O assunto, no entanto, continua despertando polêmica até hoje. Entre os milhares de casos que estão no arquivo do Projeto Blue Book, inúmeros foram relatados como fraudes após a análise dos investigadores. Vejam a seguir algumas dessas histórias, extraídas do livro O Fenômeno Óvni (coleção Mistérios do Desconhecido, da Abril Livros).
 
O CASO - A MAQUETE
O relato - O mecânico Paul Villa, morador de Albuquerque (Novo México), afirmou que fora convocado telepaticamente a comparecer num determinado local no dia 16 de junho de 1963. Na ocasião, ele teria conversado com os alienígenas e fotografado sua nave.

A conclusão - O exame das fotografias demonstrou que o objeto era uma maquete de espaçonave com meio metro de diâmetro, pendurada diante de uma câmera. Villa acreditava mesmo ter entrado em contato com ETs e forjara provas para dar credibilidade a sua história.

O CASO - LUZES NA JANELA
O relato - O fotógrafo da guarda costeira Shell Alpert afirmou ter visto quatro luzes brilhantes através da janela de seu escritório em Salem, Massachusetts. Segundo Alpert, quando ele estava prestes a fotografá-las, elas haviam perdido a intensidade. O fotógrafo foi em busca de um colega e, ao voltar, as luzes brilhavam novamente. Alpert tirou a foto e as luzes desapareceram. O fato teria ocorrido em 16 de julho de 1952.

A Conclusão - Para os analistas, a foto parecia forjada por meio de dupla exposição. Onze anos depois, o caso foi novamente examinado. O novo veredicto apontou que a câmera havia captado reflexo das luzes da sala no vidro da janela.

O CASO - TROTE DE ADOLESCENTE
O relato - Dois irmãos adolescentes, Dan e Grant Jaroslaw, disseram ter visto um objeto em forma de disco e de cor cinza voando à baixa altitude e se movimentando rapidamente no céu, em Michigan. Uma foto foi tirada do objeto, cuja aparição teria ocorrido em 9 de janeiro de 1967.  

A conclusão - O exame da foto não permitiu que se identificasse o objeto. Os investigadores arquivaram o caso, assinalando: "Dados insuficientes para avaliação". Anos depois, os irmãos Jaroslaw admitiram o trote: tinham fotografado um modelo de espaçonave perto de casa.

O CASO - NEGATIVO RETOCADO
 
O relato - Uma foto mostrando três óvnis foi enviada ao Projeto Blue Book acompanhada de uma carta afirmando que os objetos eram redondos e tinham cerca de 15 metros de diâmetro. Ela teria sido tirada em 26 de setembro de 1960, na Itália.  

A conclusão - Ao analisar a foto, os investigadores observaram que os hipotéticos óvnis eram muito mais escuros que todos os outros elementos da imagem e que estavam fora de foco. O negativo poderia ter sido retocado. O veredicto: provável fraude.

Leia mais aqui

ALFREDO MOACYR DE MENDONÇA UCHOA

O general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchoa foi um dos pioneiros da ufologia no Brasil, foi renomado estudioso desta e da parapsicologia, além de ter sido um contatado. Engenheiro geógrafo e civil formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, oficial de engenharia do Exército e professor de cálculo vetorial e mecânica racional da antiga Escola Militar de Realengo. Foi também professor catedrático de mecânica racional na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro. Cursou também a Escola Superior de Guerra.

Na área da ufologia, deixou as seguintes obras:
- Além da parapsicologia – 5.ª e 6.ª dimensões da realidade (Editora Horizonte, 1968);
- A parapsicologia e os discos voadores
– O caso Alexânia (Editora Grupo de Expansão Cultural, 1973);
- Cristo para a humanidade de hoje (Editora Horizonte, 1980);
- Mergulho no hiperespaço
– Dimensões esotéricas na pesquisa dos discos voadores (Editora Horizonte, 1981);
- Muito além do espaço e do tempo (Editora Thesaurus, 1983);
- Uma busca da verdade – Autobiografia (Edição do autor, 1995).

Nascido em Murici, Alagoas,no dia 21 de abril de 1906, é General do exército reformado, ex-diretor de ensino da Academia Militar das Agulhas Negras; profundo estudioso das filosofias esotéricas, ALFREDO MOACYR DE MENDONÇA UCHOA é reputado em Brasília e em todo o país como um dos brasileiros que mais a sério leva os fenômenos inexplicáveis por caminhos normais, tornando-se a maior autoridade do Planalto em Ufologia.

Academia Militar das Agulhas Negras

Para ele, as autoridades governamentais brasileiras estão cometendo um grave erro ao desprezar, sistematicamente, as possibilidades do Brasil, a exemplo de diversos outros países, estar sendo periódica e sistematicamente sondado e visitado por seres extraterrenos. O Ministério da Aeronáutica – afirma o general Uchoa – quando nega as aparições de OVINs ou UFOs, procura dar um tom de mistério, deixando entrever que está examinando e pesquisando o assunto. Na verdade não faz nada disso; não têm meios nem recursos tecnológicos; e não existe nenhuma preocupação em organizar um departamento específico para tratar da matéria. Com essa atitude, nossas autoridades abrem caminho para que se crie uma aura de mistério e de mistificação quando na verdade o caminho a ser seguido é outro. O momento atual da humanidade, os avanços da ciência e da tecnologia, não só permitem como nos obrigam a preocupações que, até agora, os mecanismos legais não conseguem provar e teimam em não aceitar.


O general “ufologista” afirma que a atitude do comandante da VASP, que denunciou de público ter sido acompanhado por um OVINI, é digna do maior respeito e deve ser levada a sério não só pela comunidade científica do país, mas de todos os segmentos privados e governamentais responsáveis que se interessam por assuntos maiores, na busca de explicações honestas.

A posição do comandante que denunciou o fato foi tão bem assumida, tão importante, que mexeu com os brios da comunidade brasileira como um todo, inclusive do poder. Ao que estou sabendo, existem pressões muito fortes para que ele modifique sua versão, e isso é inadmissível, porque coloca até dúvidas sobre o equilíbrio, sua idoneidade, quando, na realidade, o que deveria ser feito era investigar suas denúncias, aliando-se a muitas outras idéias semelhantes. A postura oficial, neste caso, se assemelha a da avestruz, que esconde a cabeça na areia para tentar fugir à realidade, quando, na verdade, essa verdade não pode ser ignorada. Enfático, o militar reformado – e que criou e dirige em Brasília, o Centro Nacional de Estudos Ufológicos – diz que no seu caso, não se trata de acreditar ou não na possibilidade de existência de vida inteligente fora da Terra.  

“Eu vou mais longe. Já constatei; já vi; já conversei com seres extraterrenos”. Tenho inclusive livros escritos sobre o episódio”, diz. E continua, “num dia em 1970, num sítio localizado em Alexania, interior de Goiás, perto de Brasília, um disco baixou, conversei demoradamente por telepatia com seus tripulantes. Eram pessoas de aparência normal, que viajaram em poucos minutos, 800 mil anos luz na sua expedição à Terra. E eles voltarão”. Destaca ainda o militar – autor de quatro livros sobre a vida no universo e ensaios místico-religiosos – que não foi esta a única vez a manter contato com seres de outros planetas, ou “invasores”. Segundo ele, os tipos físicos são variados, não existe um denominador comum como também são múltiplas as suas origens e graus de inteligência. “Do sistema solar”, diz o general que, em princípio, além da Terra apenas Júpiter e Vênus parecem dispor das condições essenciais para a manifestação da vida de inteligência superior. “Mas fora do sistema solar existe um universo inteiro e imenso, palpitante de vida inteligente. Nós não podemos mais continuar essa atitude até mesmo hipócrita e egoísta, de que somos privilegiados. Pelo contrário. Entre as espécies inteligentes no universo, o homem ocupa degraus inferiores. Agora é que o homem está despertando para a vida espiritual e, a partir daí, explicações muito importantes serão encontradas, inclusive a respeito da nossa origem humana, científica e religiosamente não explicada com as leis atuais disponíveis, a ciência não consegue explicar nada. Mas também não consegue provar serem classificadas apenas como fantasmas. São reais demais para que não acreditemos nelas”.


Na Serra do Roncador, altura no município goiano de Alexania, o General Uchoa tem um sítio já há algum tempo demarcado, apto a receber naves e pessoas extraterrenas, que ele garante que virão. Não se trata de um campo de pouso; não tem pista. Também isto não é necessário, pois as naves siderais não necessitam disso para operarem.

Sua explicação para o alto gabarito da ciência fora do espaço da Terra é a de que não se pode conceber superioridade alguma da mente humana, haja visto os problemas com os quais a espécie vem se defrontando há muito tempo e não encontrou saídas ainda. A inteligência bem mais desenvolvida do que a nossa, manifestada pelos seres extraterrenos que tem vindo até nós, pode ser explicada por um fato apenas: “O seu domínio completo sobre a lei da inércia, que permite o deslocamento físico do corpo a distâncias que ultrapassam os limites da nossa imaginação, e a velocidades fantásticas com as quais o homem nem sequem sonhou. A convicção que temos é a de que os homens de outros planetas, de outras galáxias, penetram em tudo com profundidade, desde a física, a biologia, a psicologia e a religião, podendo mais tarde, quando forem estabelecidos canais diretos de comunicação, influenciar para a elevação do homem, ressaltando ainda mais a capacidade humana da criação. Estamos ainda no começo, no limiar da nossa evolução espiritual”.

A VIDA DO GENERAL UCHOA VIROU FILME CURTA METRAGEM
“O general Uchoa e os discos voadores”

Direção: Patrícia Saldanha*
Documentário, cor, digital, 19min39, DF, 2009

SINOPSE:
No início dos anos 70, em Brasília, Alfredo Moacir de Mendonça Uchôa, general e estudioso de fenômenos paranormais, liderava um grupo de pesquisadores na tentativa de comprovar a presença de objetos voadores não identificados em nosso planeta. Durante cinco anos realizou pesquisas na fazenda Vale Rio do Ouro, no município de Alexânia (GO), distante 95 km de Brasília. A experiência levou o general a escrever livros, proferir palestras e a tornar-se um dos mais renomados representantes da ufologia nacional.

Elenco: Paulo Roberto Uchôa, Fabrício Pedroza, Nazaré Pedroza, Wilson Geraldo Oliveira, Jerônima Beck, Gilná Moyses, Roberto Beck e General Uchôa.
Produção executiva: Gilná Moyses  
Roteiro: Anelise Martins, Gilná Moyses e Patrícia Saldanha  
Fotografia: Jorge Daniel Moyses Jr. e Patricia Saldanha  
Montagem e som: Jorge Daniel Moyses Jr.  
Direção de arte: Patrícia Saldanha  
Trilha sonora: Paulo Roberto Uchôa  
Música original: Mantra "El Morya"  
Produtora: Patrícia Saldanha*
 
(*) Patrícia Antoniazzi Saldanha nasceu em Porto Alegre, RS, em 1961. Formada em Jornalismo pela PUC/RS em 1983, já trabalhou como repórter e redatora em jornais, revistas, agências de notícias e rádios. Amante da sétima arte desde muito cedo, somente aos 40 anos decide abraçar o sonho de ser uma realizadora. Sua formação na área foi construída em vários cursos e oficinas de realização audiovisual, com destaque para a especialização em cinema na Universidade Tuiuti de Curitiba (PR), em 2003/2004 e no curso de aperfeiçoamento em cinema documentário na Escola Internacional de Cinema e TV (eictv) de Cuba, fevereiro de 2008. Primeiro filme da diretora.
 
Obs.: O conselheiro especial da Equipe UFO, ROBERTO BECK, atua nesse curta metragem sobre general Uchoa.
Clique aqui e saiba mais