segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ABIN INVESTIGA UFÓLOGOS & UFOS!

As Forças Armadas têm relatos de objetos voadores desde 1952. Regime militar investigou óvnis e ETs & UFOLOGOS.


O regime militar brasileiro (1964-1985) investigou, nos anos 70, casos de supostos aparecimentos de discos voadores e espionou as atividades dos especialistas brasileiros em ETs (extraterrestres). Documentos do extinto DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), hoje guardados no Arquivo do Estado de São Paulo, mostram que os chamados serviços de informação perderam tempo e dinheiro averiguando o “seqüestro” de um comerciante paulista por tripulantes de um objeto voador não-identificado. 

Os documentos também mostram que o DOPS chegou a convocar para depor dois ufólogos, pessoas que são estudiosas de óvnis (UFOs, em inglês), e infiltrou um agente para acompanhar as reuniões periódicas de um grupo de apaixonados por discos voadores. Localizados pelo historiador Cláudio Tsuyoshi Suenaga, os documentos confirmam algo que os ufólogos brasileiros sempre suspeitaram, mas que a comunidade científica via apenas como mais um sintoma da mania de perseguição que acomete muitos desses estudiosos: “Os militares sempre se preocuparam com o fenômeno óvni”, diz Suenaga. 

Cláudio Tsuyoshi Suenaga

O historiador, que prepara tese de mestrado sobre o tema na Unesp (Universidade Estadual Paulista), vai além: “É claro que existe um ‘Arquivo X’ brasileiro. Até hoje existe preocupação do governo brasileiro com esse tema”. (…) 

Na avaliação de Cláudio Suenaga, os documentos do DOPS que encontrou mostram claramente que o interesse original dos serviços de informação era pelo “fenômeno óvni em si”. À medida que a investigação da polícia política evolui, o foco de atenção passa a se concentrar nas atividades dos ufólogos, visando averiguar se praticavam algum tipo de atividade “subversiva”. Mais do que mostrar um aspecto pitoresco das atividades secretas na ditadura militar, os casos de discos voadores investigados pelo SNI e pelas Forças Armadas revelam a fragilidade do sistema de classificação, conservação e divulgação de documentos públicos no Brasil. A Comissão Brasileira de Ufólogos solicitou acesso aos documentos sobre OVNIs em 26 de dezembro de 2007. Recebeu a primeira resposta parcial em outubro de 2008. E alguns documentos de relevância foram liberados só em dezembro. Muitos dos documentos requeridos pela CBU continuam em sigilo. Não há resposta satisfatória do governo se algum dia serão liberados. É o caso do episódio popularmente conhecido como “ET de Varginha”, ocorrido na cidade mineira de mesmo nome, em 1996. 

O Exército investigou o episódio, segundo o pedido de informações da CBU. O Ministério da Defesa e o Exército nunca responderam. “Na dúvida, o burocrata sempre suprime informação. Prevalece no país uma cultura de sigilo, não importando a relevância do documento em questão”, diz Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil. 

Claudio Weber Abramo

O Brasil não tem uma lei ampla que facilite o acesso da população a informações produzidas pelo Estado. Mais de 60 países já têm essa legislação. A Constituição garante o direito de acesso a informações públicas, mas o Congresso nunca regulou o dispositivo. A lei mais recente que trata do tema é a 11.111, de 2005. Patrocinada pelo governo Lula, ela aborda extensivamente as regras de sigilo e muito pouco o sistema de liberação de dados ao público. No projeto de lei que o Planalto prepara sobre acesso a informações públicas não há, em princípio, preocupação em criar um órgão que faça com que as diversas instâncias cumpram a determinação de divulgar seus documentos. Além dos agentes do serviço secreto e dos oficiais da Aeronáutica, houve também algum tipo de colaboração da Marinha, coletando histórias com pescadores locais. A idéia era comprovar se havia OVNIs na região litorânea entre o Pará e o Maranhão. 

Os agentes se dividiam em turnos. Faziam vigílias noturnas até o dia amanhecer em lugarejos pouco povoados. O documento do SNI é apenas um extrato do que está na Aeronáutica e permanece em segredo. O esforço dos “observadores” militares às vezes resultava em nada. Por exemplo, no dia 27 de outubro de 1977: “1h15 - Observadores instalados no alto da caixa d’água”; “4h05 - Populares observam o deslocamento de uma intensa “luz” ao nível das árvores (Roberto), informam aos observadores postados na caixa d’água (30 a 40 m de altura) ao nível do topo das árvores, nada observado. Restante do período, nada a relatar”. Quando raiava o dia, descanso. Sucessivos relatos dos militares da Operação Prato começam assim: “6h30 - descanso até as 14h”. Eles dormiam de dia e trabalhavam à noite. 

Algumas vezes, a intensa atividade celeste no turno da noite levava o descanso a se estender até as 15h. No dia 5 de novembro de 1977, muitas luzes chamaram a atenção dos oficiais da Aeronáutica na missão de encontrar os OVNIs: 

“1h00 - Observada “luz” pairando sobre a água no rumo de Joanes/Jobim (PA)”; 

“2h15 - Observada “luz” coloração azulada forte, próxima ao farol de Colares, deslocou-se com velocidade sobre a água para o norte. Observou-se uma luminosidade reflexa sobre a água até as 3h25″. 

O relatório do SNI não explica o que eram de fato essas luzes. Traz alguns desenhos sugerindo serem naves espaciais. A câmera da marca Minolta modelo SRT-101 usada para fotografar os OVNIs chegou a registrar “uma mancha branca, como se fosse uma luz”. 

Minolta modelo SRT-101

Em outra oportunidade, “a revelação mostrou uma mancha preta, como se tivesse queimado o filme”. 

O SNI participou parcialmente de uma missão comandada pela Aeronáutica nos Estados do Pará e do Maranhão, no final de 1977 e início de 1978. O serviço secreto brasileiro era então comandado pelo general João Batista de Figueiredo. Em 1979, ele se tornaria o último presidente militar antes da redemocratização do país. Quando o SNI tomou parte dessa operação de caça a OVNIs, o regime autoritário já entrava em sua fase crepuscular. O Brasil estava menos convulsionado. O governo havia sufocado os focos de esquerda mais radical. O “milagre econômico” era coisa do passado, mas o país ainda crescia a taxas anuais de 5%. Os órgãos de segurança estavam mais livres para procurar novos inimigos a combater. 

Gen. João Batista de Figueiredo

Em meados de 1977, os jornais do Pará e do Maranhão traziam insistentes relatos sobre “luzes misteriosas, causadoras de mortes e alucinações”. Pessoas em contato com o fenômeno apresentavam sintomas de “paresia [paralisia incompleta] generalizada, hipotermia, cefaléia, queimaduras superficiais, calor intenso, náuseas, tremores do corpo, tontura, astenia [fraqueza] e minúsculos orifícios na pele”. 

A Aeronáutica não titubeou. Mobilizou homens e recursos para uma missão. Num ato de humor involuntário, batizou a empreitada para buscar discos voadores com o nome auto-explicativo de Operação Prato, segundo relato do SNI. 

COMDABRA - A mini Área 51 brasileira

Localizada em Brasília, a COMDABRA (Comando de Defesa Aérea Brasileira), ao contrário de que se pensa não faz experiências com extraterrestres e OVNIS assim como a área 51 dos Estados Unidos (a original), mas merece destaque por investigar vários casos de OVNIS dentro do território brasileiro, já que o Estado Brasileiro reconhece a existência de OVNIS, assim como a França, Argentina, etc. A sua investigação mais famosa é a Operação Prato (reconhecida internacionalmente e teve um especial no programa Linha Direta Mistério). 

A Operação Prato investigava uma suposta invasão alienígena no Estado do Pará, onde os moradores assustados diziam ver luzes no céu, objetos desconhecidos, e criaturas estranhas que foram denominadas de Chupa-chupa. Recentemente, uma revista sobre ufologia (Revista Ufo) foi até a sede da Comdabra, buscar os documentos desta operação e que foi divulgada numa revista especial com as imagens dos documentos escaneados. Este assunto é muito extenso e merece a sua análise cuidadosa e leitura dedicada. 

Recomendamos a você que veja esse assunto por completo sendo debatido na nossa Comunidade Área 51.  

Postado na Comunidade por: *Zé

Texto revisado por: Frank Sinnatra

1 Comentário:

Anônimo disse...

ficou otimo frank, que bom que vc guardou,pois meu perfil se perdeu e as postagens na comu sumiram

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