segunda-feira, 19 de outubro de 2009

SÉRIE: Grandes Nomes da Ufologia - Robert Scott Lazar

Robert Scott Lazar (Coral Gabbles, California, 26 de janeiro de 1959), também conhecido por Bob Lazar, é um físico norte-americano que se notabilizou pela polêmica causada nas discussões sobre OVNIs acerca da Área 51. Lazar alega ter trabalhado de 1988 a 1989 como físico em uma área chamada S-4, localizada perto de Groom Lake, Nevada, próximo à Área 51.

Robert Scott Lazar

Crachá de Lazar de acesso à Área 51

Seguro Social e Contra-Cheque

Robert Lazar, engenheiro e físico nuclear, que afirma ter sido convocado para trabalhar num projeto secreto, chamado Projeto Galileu, destinado ao estudo de naves extraterrestres. Estas naves teriam sido capturadas pelo governo norte-americano em acidentes ocorridos no sul dos EUA e estariam sendo estudadas nesta base ultra secreta. A função de Lazar era estudar os meios de propulsão destes discos.

Segundo Lazar o sistema de propulsão destas naves era composto por uma espécie de reator que produzia antimatéria e reagia com matéria numa reação de aniquilação. Este reator tinha apenas 45 cm de diâmetro por 30 cm de altura e localizava-se no centro do disco. A forma como acelerava prótons no reator e a forma como o calor era convertido em eletricidade eram totalmente uniformes, sem qualquer desperdício de calor ou de energia latente. O reator parecia ser alimentado com um elemento não encontrado na Terra. Parte de sua contribuição no projeto era descobrir que elemento era este e onde ele se ligava à tabela periódica dos elementos químicos.

AntiPartículas

Depois de muitas pesquisas sua equipe chegou a conclusão que esse elemento seria de numero atômico 115. Alem disso, em todos os discos voadores existentes no setor S-4 da Área 51 haviam amplificadores gravitacionais, posicionados um junto do outro em suas bases, os quais eram os mecanismos de propulsão das naves. O que e antimatéria? E possível construir um propulsor de antimatéria? O que ha de verdade por detrás das declarações de Bob Lazar?

O que são antipartículas?

Joseph John Thompson

Em 1897, Joseph John Thompson, baseado em experiências de vários Físicos e de seu próprio grupo, mostrou que os raios catódicos eram constituídos por partículas com carga elétrica negativa, batizadas por G. Stoney como elétrons em 1891. Esta e outras descobertas notáveis no fim do século XIV abriram novos horizontes no mundo da Física que culminaram, no inicio do século XX, com os modelos atômicos de Ernest Rutherford e Niels Bohr. Desde então, os físicos começaram a compreender que toda a matéria compunha-se de certos tipos diferentes de partículas. Em 1930, o físico Inglês Paul Dirac, um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da mecânica quântica, estava desenvolvendo uma teoria matemática para descrever o comportamento dessas partículas, quando concluiu que cada tipo de partícula deveria ter sua partícula oposta. A teoria de Dirac previu existência de uma partícula de mesma massa que o elétron, mas com uma carga positiva, batizada de "antielétron". Do mesmo modo, também previu uma partícula com a mesma massa que a do próton, mas com uma carga negativa. De fato, estas partículas foram posteriormente descobertas, de forma que hoje temos um "antielétron" ou "pósitron", um "antipróton", um "antimeson" e outras antipartículas. Hoje sabemos que para a maioria das partículas conhecidas existe uma corresponde antipartícula.

Paul Dirac

Qual a definição de antimatéria?

Desde o século XIV sabemos que a matéria que conhecemos e formada por átomos, que por sua vez são compostos de prótons, elétrons e nêutrons. Do mesmo modo, um antiátomo seria composto por um antipróton, um antielétron e um antinêutron. Esses antiátomos se agregariam em (anti) moléculas, que por sua vez formariam a antimatéria. Assim, a antimatéria é formada por antipartículas que tem a mesma massa e spin que suas partículas correspondentes, porem com carga oposta. Pelo menos em tese, com os antiátomos e as antimoléculas seria possível criar um mundo de antimatéria habitado por antiseres!

Fermi National Accelerator Laboratory

Certamente é um pensamento ousado, mas é possível que existam regiões no universo onde a antimatéria é dominante, e a matéria que nos conhecemos sendo criada somente em reações nucleares para ser logo aniquilada, como acontece com a antimatéria no universo que conhecemos, e se a vida não é fenômeno único na Terra, como imaginamos não ha razão para que estes antiseres não possam existir! Até recentemente, a existência de antimatéria só era constatada pelas antipartículas e não existiam evidencias experimentais de que estas antipartículas pudessem se agrupar para formar agregados macroscópicos. Na realidade nenhum antiátomo jamais foi (havia sido) criado em laboratorio. É verdade que alguns cientistas afirmavam informalmente que pesquisadores de Harvard estavam no limiar da produção do átomo de anti-hidrogênio (ou um antiátomo de hidrogênio). Agora, de acordo com o jornal O Guardião (The Guardian) da Alemanha, pesquisadores acreditam que ja podem produzir uma forma de antimatéria, que um dia podera ser usado como propulsor de uma nave espacial.

Pesquisadores do Fermi National Accelerator Laboratory (EUA) ou FERMILAB, o laboratório de aceleração de partículas do departamento de Energia norte-americano, em Illinois, acham que é possível criar átomos de anti- hidrogênio com uma eficiência que lhes permita estudar pelo menos suas propriedades e fornecer meios de provar teorias fundamentais da física. No FERMILAB, a antimatéria não é coisa de ficção científica. É a pesquisa básica de milhares de cientistas que utilizam as suas instalações. Talvez, essa nova descoberta e as pesquisas destes milhares de cientistas, permitam no futuro reproduzir um sistema de propulsão, como o usado pela nave USS Enterprise da serie de ficção científica Jornada nas Estrelas ou, quem sabe, se for verdadeiro, reproduzir o sistema de propulsão dos Ufos supostamente investigados por Bob Lazar.

O fato é que, quando a antimatéria entra em contato com "a matéria normal", os dois estados se aniquilam e produzem energia pura. O potencial dessa forma de energia há muito tempo era conhecido pelos escritores e aficionados da ficção científica, mas ainda não podia ser levado a sério porque a antimatéria não existe naturalmente na Terra e era (ou é) extremamente difícil de criá-la. Aliás, um dos grandes mistérios do mundo que conhecemos é que não se sabe a razão de existir mais matéria que antimatéria no Universo.

Mas, voltando ao que diz Bob Lazar, mesmo que já se possa criar antimatéria em laboratório, mesmo que se possa usar esta forma de energia para impulsionar naves terrestres ou Ufos ainda existe outros grandes problemas e um deles é o armazenamento desta forma de energia. O caminho viável passa por campos magnéticos, que são absolutamente essenciais para lidar com quantidades substanciais de antimatéria sem que ocorra uma catástrofe.

O sistema de armazenamento de antimatéria a bordo de uma nave espacial devera ser semelhante ao utilizado pelo FERMILAB para armazenar antiprótons durante longos períodos. Como os antiprótons e os antielétrons são partículas carregadas eletricamente é necessária a presença de um campo magnético forte para manter essas partículas aprisionadas em orbitas circulares. Logo, se as partículas são aceleradas em campos elétricos e então um campo magnético de intensidade apropriada é aplicado, e as antipartículas viajam em círculos de tamanho predeterminado. O que permite que eles sejam armazenados em dispositivos em forma de anel onde as antipartículas nunca tocam as paredes, evitando desse modo que se aniquilem em uma grande explosão.

Reator experimental do tipo TOKOMAK

Este princípio também é usado nos reatores experimentais do tipo TOKOMAK, utilizados para armazenar plasmas de altas temperaturas para o estudo da fusão nuclear controlada, onde um plasma a aproximadamente 107 K não pode ser confinado nos reatores convencionais. Como este novo estado da matéria (plasma) e constituído de elétrons e íons carregados, é possível o seu confinamento por campos magnéticos. Os íons e os elétrons executam trajetórias helicoidais em torno de linhas de indução magnética, que se fecham ao longo de um toroide. Isto é a base dos reatores de fusão do tipo TOKOMAK, em funcionamento experimental na antiga RUSSIA e EUA. O reator TOKOMAK é semelhante a um transformador onde o circuito secundário é constituído por um "toroide" que confina o plasma. O grande problema e que os TOKOMAKs, que em principio poderiam ser usados como modelo para construção de um dispositivo de confinamento de antimatéria, é de dimensões gigantescas. No entanto, é possível que uma ciência muito mais avançada que a nossa consiga armazenar a antimatéria em pequenas "garrafas magnéticas".

De qualquer forma, mesmo que estas novas descobertas permitam criar um propulsor a base de antimatéria e, também, criar pequenas "garrafas magnéticas" para transportar o "combustível", como os supostos discos voadores estudados por Bob Lazar, ainda restaria o problema da velocidade da luz. Segundo a Teoria da Relatividade Especial, do grande Físico alemão Albert Einstein, a velocidade máxima que um corpo pode atingir é a velocidade da luz e, alem disso, existe uma relação entre massa e energia dada pela equação E = mc2 (energia = massa X velocidade da luz ao quadrado), que nos diz que toda energia do Universo não seria suficiente para acelerar um grão de areia, quanto mais uma nave espacial, para alem da velocidade da luz. Certamente são argumentos fortes de uma grande teoria que tem resistido a todas as provas e, em principio, teríamos que concordar que as viagens interestelares são praticamente impossíveis de serem realizadas. E ainda, como as leis Físicas são universais, o que significa dizer que daqui a um milhão de anos a Teoria da Relatividade será tão valida quanto ela o e nos dias atuais, independente das novas descobertas da nossa ciência que certamente acontecerão, se essas naves existem e são oriundas de civilizações mais adiantadas, por mais adiantados que elas estejam elas também estariam limitados por estas leis da Natureza e jamais conseguiriam empreender viagens interestelares em nossa direção. Logo, eles não poderiam estar entre nós! Assim, em principio, se Lazar realmente viu alguma nave na Área 51, essas naves não poderiam ser extraterrestres, independentemente da propulsão por antimatéria ser possível ou não!

Mas, para os defensores de Bob Lazar, nem tudo esta perdido! Apesar das poucas informações disponíveis, ainda restam os "amplificadores gravitacionais".

Como funcionariam estes amplificadores?

Amplificador Gravitacional

Ainda, segundo Bob Lazar, estes dispositivos seriam os verdadeiros "motores" das naves.

Bem, quanto ao seu funcionamento nada podemos afirmar de concreto, primeiro porque dispomos de poucas informações e, segundo, mesmo que tivéssemos mais informações não acredito que nossa ciência teria condições de entender, pelo menos nos próximos 30 anos, não só os princípios Físicos envolvidos como todos os mecanismos que possibilitariam a estas naves empreender viagens a pontos tão distantes do nosso universo. Mesmo assim, podemos fazer algumas suposições...

Do ponto de vista da mecânica quântica, para que haja ação de uma força, é necessária a troca de partículas virtuais entre os corpos envolvidos e, desde da explicação da radiação do corpo negro por Planck em 1900, estas partículas são chamadas individualmente de "quantum". Desde 1905, com a explicação que Einstein deu ao efeito fotoelétrico, sabemos que o "quantum" de energia da força eletromagnética é o fóton. Do mesmo modo, para que a Terra gire em torno do sol, os dois ficam trocando bilhões de grávitons, que e a partícula que (provavelmente) faz a mediação da força gravitacional.

Qual a relação entre os grávitons e as declarações de Bob Lazar? Será que a função desses amplificadores é intensificar a ação desta "força gravitacional", distorcendo o espaço-tempo e criando atalhos para outras regiões do universo?

Desde a publicação da Teoria da Relatividade Generalizada, por Einstein em 1916, que a gravidade, definida pelo grande Newton como sendo a forca de atração entre dois corpos, deixou de ser uma força e passou a ser uma entidade relacionada com "distorção do espaço-tempo". Assim, a presença de uma massa no espaço seria capaz de "entortá-lo", de "curvar o espaço" como se o mesmo fosse uma folha de borracha. Esta nova visão do mundo possibilitou aos cientistas vislumbrar novas teorias e possibilidades muito mais excitantes, jamais sonhadas pelo homem. Junto com o espaço curvo vieram os buracos negros, os buracos de minhoca, a velocidade de dobra, o espaço deformado do físico mexicano Miguel Alcubierre e, ate mesmo a possibilidade de viagens no Tempo. A grande verdade e que o espaço curvo abre todo um universo novo de possibilidades.

Físico mexicano Miguel Alcubierre

Assim, e possível imaginar que esses "amplificadores gravitacionais" não sejam simples sistemas de propulsão e sim dispositivos com capacidade para realizar distorções no espaço-tempo com intensidade suficiente para criar atalhos (ou, como alguns preferem, portais) para mundos distantes. Mas isso não passa de simples especulação! Por outro lado, a Teoria da Relatividade Geral e tão complexa, que significa que ainda hoje não compreendemos completamente todas as suas conseqüências e, portanto, não podemos excluir todas as possibilidades existentes, por mais absurdas que elas possam parecer no momento.

Críticas

  • As indicações de Lazar tem sido criticadas como infundadas. Seu verdadeiro conhecimento sobre ciência tem sido questionado. O físico David. L Morgan, por exemplo, critica como "em nenhuma ocasião o Sr. Lazar reconhece que seu cenário viola as leis da física como as conhecemos, e em nenhuma ocasião ele oferece algum indício de novas teorias que fariam seu mecanismo possível.
  • Algum ceticismo científico sobre o relatório de Lazar se baseia no fato de que enquanto o elemento 115 ocorre em uma escala numérica atômica para maior estabilidade, experimentos terrestres para produzi-lo indicam uma meia-vida da ordem de segundos e não anos. Lazar contra-argumenta que um isótopo obtido somente sob formações estelares distantes pode ser mais estável do que um resultante da colisão de elementos estáveis através de meios convencionais. Lazar enfatiza que a física nuclear está evoluindo rapidamente e que os cientistas logo estarão capacitados para produzir isótopos estáveis daquele elemento oficialmente.
  • Lazar diz ter graus avançados do Instituto Tecnológico de Massachusetts e do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Entretanto, de acordo com investigações, seu nome não aparece no registro de alunos de ambas as instituições. O livro de registros sequer contém fotos de identificação ou outras referências a Bob Lazar. Lazar alega que isto é resultado de uma intervenção do governo para apagar sua identidade passada.
  • Stanton T. Friedman, um físico e pesquisador de OVNIs, concentram-se principalmente na discrepância da educação de Lazar. Friedman afirma que a transcrição da Escola Secundária de Lazar mostra que ele terminou "em anti-penúltimo lugar na sua classe", tornando-o um candidato improvável para o MIT. Friedman também cita evidências de que Lazar estava registrado no Los Angeles Pierce College ao mesmo tempo em que alega estar trabalhando em seu grau do MIT. Entretanto, a distância entre as escolas é de mais de 4000 quilômetros.
  • Em seu website comercial United Nuclear, Lazar escreve na sessão about: "Bob tinha anteriormente trabalhado no Laboratório Nacional de Los Álamos especificamente nas instalações Meson Phisics, envolvido com experimentos utilizando o Acelerador de Partículas Linear de meia-milha de comprimento". Os críticos argumentam que o Laboratório Nuclear de Los Álamos não poderia apoiar essa alegação: o laboratório experimental negou inclusive ter empregado Lazar. O repórter investigativo George Knapp, entretanto, encontrou o nome de Lazar no livro de telefones do laboratório, indicando que Lazar trabalhou lá como técnico...

Ocupações atuais

United Nuclear

Bob Lazar administra uma companhia de suprimentos científicos com base em Albuquerque, Novo México, chamada United Nuclear. United Nuclear vende uma grande variedade de materiais incluindo minérios radioativos, ímãs poderosos, curiosidades científica como o aerogel e uma série de químicos. A empresa alega ter "mais de 250.000 clientes satisfeitos" incluindo escolas e cientistas amadores.

Uma reportagem de 2006 na Wired Magazine afirma que Lazar e sua esposa e agente de negócios Joy White foram presos em junho de 2003 por vender produtos químicos que poderiam ser utilizados na fabricação de fogos de artifícios. O casal foi acusado em 2006 por graves violações ao Ato Federal de substâncias Perigosas.

O site da empresa também faz propaganda de um kit protótipo que adapta veículos normais de estrada ao combustível de Hidrogênio. A United Nuclear diz que os kits estão sendo segurados devido as ações da Comissão de Segurança do Consumidor e do Produto.

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Assunto sendo debatido AQUI

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Postado na Comunidade por: Frank Sinnatra